É como sempre ouço: “futebol não se explica, se
sente”. Hoje estou aqui para tentar descrever uma parcela dessa paixão e um
pouco do que é ser Ceará nesses 102 anos. Toda essa história começa a ser
escrita no passado, mais exatamente no dia 02 de junho de 1914, quando Luís
Esteves Júnior e Pedro Freire decidiram junto a outros amigos criar o Rio
Branco Football Club, que no ano seguinte passaria a ser chamado de Ceará
Sporting Club e traria consigo as cores preto e branco.
Creio eu que
sou muito jovem para falar de tanta coisa assim, porque de todos esses
aniversários que hoje comemoramos, só devo fazer parte de uns dez. Digo isso,
pois o meu primeiro contato com o Ceará foi aos sete ou oito anos de idade,
quando o meu pai me presenteou com uma camisa que carregava apenas o preto e
branco, porém capazes de colorir toda a minha vida. Desde então começava o meu
laço de amor com esse grande clube. Estava buscando uma palavra pra resumir
tudo e acabo de encontrar, é “amor”
mesmo. Só o amor juntamente com a paixão é capaz de simplificar tudo isso, tudo
o que eu sinto pelo Ceará. Hoje posso dizer que sou Ceará graças a Deus, meu
pai, ao amor e paixão.
Na primeira
frase do texto eu disse que futebol não se explica apenas se sente. De fato é
bem isso mesmo, pois caso não seja um verdadeiro alvinegro ou alvinegra que
estiver lendo isso, essa pessoa não será capaz de entender o porquê de voltar
do estádio praticamente sem voz, de cantar apaixonadamente o hino do Ceará ou
as músicas de apoio ao time, das lágrimas derramadas na derrota e
principalmente nas vitórias, no caso das mulheres que roem todas as unhas
assistindo ao jogo e dão aqueles gritos histéricos em todos os lances ou quando
ouvimos que mulher não entende nada de futebol, das vezes que ficamos chateados
pelo fato de não podermos ir ao estádio por qualquer motivo que seja, das loucuras
que fazemos só pra ir ao jogo, dos altos valores gastos com camisas, ingressos
e outras coisas relacionadas ao Ceará, ou quando dizemos que não vamos mais
gastar um real sequer com o time e no outro jogo já esquecemos o que tínhamos
dito e estamos lá para incentivar, das promessas e rezas que fazemos para
naquele jogo dar tudo certo, das longas caminhadas feitas para chegar até ao
estádio em dia de jogos com grande público, das raivas de quando um jogador
perde um gol “na cara do gol”, quando os seus olhos ficam quase fechados por
não querer e ao mesmo tempo querer ver aquela cobrança de pênalti favorável ao
Ceará, quando o goleiro alvinegro faz aquelas defesas quase que impossíveis,
daquela vontade de mandar todo mundo ir pra aquele lugar quando o adversário
faz um gol, dos palavrões falados com aquela arbitragem vagabunda que quer
atrapalhar tudo e daquela maravilhosa alegria indescritível de gritar: “É GOL
DO CEARÁ! É DO VOZÃO!”. Isso é ser Ceará, isso é sentir Ceará e amar Ceará. E
hoje em mais um aniversário só tenho uma coisa a dizer: OBRIGADA, CEARÁ! Sou
grata a você, por todas essas emoções que só você pode me fazer sentir.
Obrigada por existir, Ceará. Obrigada pelos 102 anos de história. Hoje o Vovô
tá ficando mais experiente. Não é pra qualquer time ser o maior campeão do
Estado, é algo que só quem sabe é o mais querido e campeão invicto do Nordeste.
Parabéns por mais um ano, Ceará Sporting Club.
De uma alvinegra apaixonadíssima,
Jéssica Dutra.
Autor:
Jéssica Dutra
Revisão:
Caio Luis
Equipe Arena
Vozão
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